sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

RESTAURAÇÃO E A REVOLUÇÃO (1814-1871)

Depois da queda de Napoleão Bonaparte, o Congresso de Viena reuniu-se em 1814 e sua resolução fundou a Confederação germânica (Deutscher Bund em alemão), a união de 39 estados soberanos.

Desentendimentos com a restauração política proposta pelo Congresso de Viena, parcialmente levou ao surgimento de movimentos liberais, exigindo unidade e a liberdade.[19] Estes, porém, foram reprimidas com novas medidas de repressão por parte do estadista austríaco Metternich. O Zollverein, uma união tarifária, profundamente buscava uma unidade econômica dos estados alemães.[19] Durante esta época, muitos alemães tinham sido agitados com os ideais da Revolução Francesa,[19] e o nacionalismo passou a ser uma força mais significativa, especialmente entre os jovens intelectuais. Pela primeira vez, o preto, o vermelho e o dourado foram escolhidos para representar o movimento, e mais tarde se tornaram as cores da bandeira da Alemanha.[20]

Em função da série de movimentos revolucionários na Europa, que estabeleceram com êxito uma república na França, intelectuais e burgueses começaram a Revolução de 1848 nos Estados alemães. Os monarcas inicialmente aceitaram as exigências dos revolucionários liberais para conter a movimentação popular. Ao Rei Frederico Guilherme IV da Prússia foi oferecido o título de Imperador, mas sem poder absoluto. Ele rejeitou a coroa e a proposta de Constituição, o que conduziu a um revés temporário no movimento.[21]

O conflito entre o rei Guilherme I da Prússia e o parlamento cada vez mais liberal foi rompido durante a reforma militar em 1862, quando o rei nomeou Otto von Bismarck o novo Primeiro-ministro da Prússia. Bismarck travou com sucesso uma guerra com a Dinamarca, em 1864. A vitória prussiana na Guerra Austro-prussiana de 1866 permitiu criar a Confederação Norte-Germânica (Norddeutscher Bund), que excluía a Áustria, ex-líder dos estados alemães, dos assuntos dos Estados alemães restantes.

SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO (962-1806)

O império medieval foi criado com a divisão do Império Carolíngio em 843, fundado por Carlos Magno em 25 de Dezembro de 800, e em diferentes formas existiu até 1806, se estendendo desde o Rio Eider no norte do país até o Mediterrâneo, no litoral sul. Muitas vezes referida como o Sacro Império Romano (ou o Antigo Império),[13] foi oficialmente chamado de o Sacro Império Romano da Nação Alemã ("Sacro Romanum Imperium Nationis Germanicæ" em latim) a partir de 1448, para ajustar o nome para o seu território de então.[13]


Príncipe-eleitores do Sacro Império Romano (pergaminho de 1341).Sob o reinado dos imperadores Otonianos (919-1024), os ducados da Lorena e da Saxônia, a Francônia, a Suábia, a Turíngia, e a Baviera foram consolidadas, e o rei alemão, Oto I, foi coroado Sacro Imperador Romano dessas regiões, em 962.[14] Sob o reinado dos imperadores Salianos (1024-1125), o Sacro Império Romano absorveu o norte da Itália e a Borgonha, embora o imperador tenha perdido parte do poder através da Questão das investiduras com a Igreja Católica Romana. Sob os imperadores Hohenstaufen (1138-1254), os príncipes alemães aumentaram a sua influência para o sul e para o leste e extremo leste(Ostsiedlung), territórios habitados por povos eslavos, bálticos e estonianos antes da ocupação alemã na região.


Martinho Lutero, (1483-1546) deu início à Reforma Protestante.Com o colapso do poder imperial em 1250, devido à constante briga com a Igreja de Roma, fez-se necessário a criação de um novo sistema de escolha do imperador.[15] Criou-se, com a edição da Bula Dourada o conselho dos 7 príncipes-eleitores, que tinham o poder de escolher o comandante do Sacro Império. Durante esse período conturbado, as cidades comerciais se uniram para proteger seus interesses comuns;[14] a mais conhecida delas foi a Liga Hanseática, que reunia poderosas cidades do norte alemão como Hamburgo e Bremen. A partir do século XV, os imperadores foram eleitos quase exclusivamente a partir da dinastia Habsburgo da Áustria.

O monge Martinho Lutero publicou suas 95 Teses em 1517, desafiando as práticas da Igreja Católica Romana, e dando início à Reforma Protestante. A igreja Luterana tornou-se a religião oficial de muitos estados alemães após 1530 o que levou a conflitos religiosos resultantes da divisão religiosa no império, que geraram a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que devastou os territórios alemães.[16] A população dos Estados Alemães foi reduzida em cerca de 30%.[17] A Paz de Vestfália (1648) acabou com a guerra religiosa entre os estados alemães, mas o império estava de facto dividido em inúmeros principados independentes. De 1740 em diante, o dualismo entre a Monarquia austríaca dos Habsburgo e o Reino da Prússia dominou a história alemã. Em 1806, o Imperium foi dissolvido com o resultado das Guerras Napoleônicas.[18]

TRIBOS GERMÂNICAS

A etnogênese das tribos germânicas assume-se que ocorreu durante a Idade do Bronze Nórdico ou, ao mais tardar, durante a Idade do Ferro pré-romana.[8][9] A partir do sul da Escandinávia e do norte da Alemanha, as tribos começaram a expandir-se para o sul, leste e oeste no século I a.C., e entraram em contato com as tribos celtas da Gália, assim como tribos iranianas, bálticas, e tribos eslavas na Europa Oriental. Pouco se sabe sobre história germânica antes disso, exceto através das suas interações com o Império Romano, pesquisas etimológicas e achados arqueológicos.[10]


Expansão das tribos germânicas 750 a.C. - 1 d.C.Por ordens do imperador Augusto, o general romano Públio Quintílio Varo começou a invadir a Germânia (um termo usado pelos romanos para definir um território que começava no rio Reno e ia até os Urais), e foi neste período que as tribos germânicas se tornaram familiarizadas com as táticas de guerra romana, mantendo no entanto a sua identidade tribal. Em 9 d.C., três legiões romanas lideradas por Varo foram derrotadas pelo líder Querusco Armínio na Batalha da Floresta de Teutoburgo. O território da atual Alemanha, assim como os vales dos rios Reno e Danúbio, permaneceram fora do Império Romano. Em 100 d.C., na época do livro Germania de Tácito, as tribos germânicas assentadas ao longo do Reno e do Danúbio (a Limes Germanicus) ocupavam a maior parte da área da atual Alemanha.[11] O século III viu o surgimento de um grande número de tribos germânicas ocidentais: Alamanos, Francos, Catos, Saxões, Frísios, Francos sicambrianos, e Turíngios. Por volta de 260, os povos germânicos romperam as suas fronteiras do Danúbio e expandiram a Limes para as terras romanas.[12]

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Geografia

O território da Alemanha cobre 357.021 km², sendo 349.223 km² de terra e 7.798 km² de água. É o sétimo maior país por área na Europa e o 63° maior no mundo. Os pontos extremos ficam nos Alpes ponto mais alto:o Zugspitze a 2.962 m de altitude) no sul e na costa do Mar do Norte (Nordsee) no noroeste e o Mar Báltico (Ostsee) no nordeste. Entre os dois está presente a floresta que liga as terras altas do centro às terras baixas do norte (ponto mais baixo: Wilstermarsch a 3,54 m abaixo do nível do mar), que é atravessado por alguns dos maiores rios da Europa como o Reno, Danúbio e o Elba.[37] Por causa de sua localização central, a Alemanha compartilha fronteiras com mais países europeus que qualquer outro país no continente. Seus vizinhos são a Dinamarca no norte, Polônia e a República Tcheca no leste, Áustria e Suíça no sul, França e Luxemburgo no sudoeste e Bélgica e os Países Baixos no noroeste.

Etimologia

termo "Alemanha" deriva do francês Allemagne — terra dos alamanos — em referência a um povo bárbaro de nome homônimo, que vivia na atual região fronteiriça entre a França e a Alemanha, o qual cruzou o Rio Reno e invadiu a Gália Romana durante o século V.[6] O país também é conhecido pelo gentílico Germânia, que deriva do latim Germania — terra dos germanos (em inglês: Germany).
Durante a maior parte da sua história, a área atual da Alemanha foi o território de vários pequenos reinos, dos quais a maioria pertencera ao Sacro Império Romano Germânico. Foi apenas a partir de 1871, com a supremacia do reino da Prússia e a criação do Império Alemão, que o país veio a tornar-se, de fato, uma nação unificada. Logo após o término da Primeira Guerra Mundial, uma república foi instalada e o nome do país passou a designar-se República de Weimar. A designação Terceiro Reich surgiu com a ditadura de Adolf Hitler e a ascensão do Nazismo em 1933. Logo após a rendição na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em 4 setores de ocupação pelos Aliados e, em 1949, dividida em dois diferentes países: Alemanha Ocidental (Bundesrepublik Deutschland), de cunho capitalista, e Alemanha Oriental (Deutsche Demokratische Republik), esta socialista. A reunificação aconteceu em 3 de outubro de 1990.

Alemanha

A Alemanha (nome oficial: República Federal da Alemanha, em alemão: ? Bundesrepublik Deutschland, AFI: [ˈbʊndəsʁepuˌbliːk ˈdɔʏtʃlant]),[4] é um país localizado na Europa central, membro fundador da União Européia, membro da NATO e do Grupo dos Oito. O país é limitado a norte pelo Mar do Norte, pela Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polónia e pela República Checa, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e os Países Baixos.
A região conhecida como Germânia, historicamente habitada por vários povos germânicos, foi conhecida e documentada antes de 100 d.C.. Desde o século X, os territórios alemães formaram a parte central do Sacro Império Romano, que durou até 1806. Durante o período, no século XVI, as regiões do norte da Alemanha tornaram-se o centro da Reforma Protestante. A definição de Estado-nação para a Alemanha é recente, o país foi unificado pela primeira vez durante a Guerra Franco-prussiana em 1871. Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois estados, nas linhas de ocupação dos aliados em 1949.[5]
Desde a Reunificação em 1990, o estado alemão é uma república federal parlamentarista com 16 estados federais (Bundesländer) e cerca de 82 milhões de habitantes. É um dos países com a maior densidade populacional da Europa e a principal potência econômica do continente. Desde 1995 a Alemanha participa do Acordo de Schengen. Sua capital é Berlim e a língua nacional oficial é o alemão